A Conferência Episcopal Boliviana (CEB), elevou sua voz de alerta diante da onda de violência que segue golpeando o país e que nos últimos dias trouxe vários mortos, como resultado dos enfrentamentos entre afins ao Governo e a oposição.
“Elevamos nossa voz de alerta urgente diante da espiral de violência que vai se ampliando mais a cada dia em distintas regiões do país e que ameaçam arrastar a todo o povo boliviano a situações (irreparáveis) das que depois só teremos que lamentar”, expressaram os bispos em um comunicado.
A CEB afirmou que o país “vive um processo social e político de necessárias mudanças” que devem encaminhar-se por via pacífica e não violenta.
Indicaram que “os processos autonômicos podem permitir serviços mais eficientes”, mas lembraram que a nova Constituição “consensuada entre os diferentes atores da sociedade, deve atender a esta problemática e outros elementos indispensáveis para uma convivência justa e pacífica”.
Os bispos asseguraram que a “imensa maioria dos bolivianos diz sim à vida e rechaça o recurso à violência”. Por isso, chamaram a rechaçar aquelas “atitudes e ordens de intolerância, ódio, xenofobia e racismo” que tratam de impor sua visão de país.
Do mesmo modo, exortaram aos líderes sociais, políticos e cívicos, a cumprir “com sua grande responsabilidade histórica” e procurar as vias pacíficas que solucionem as diferenças existentes. “Nenhum debate ou conflito, e menos o de obter, manter ou ampliar poder, merece mortos, sangue nem vexames”, expressaram.
Além disso, depois de lembrar aos meios de comunicação “seu importante rol de informação e orientação cidadã”, os bispos chamaram os fiéis a ser testemunho de fé, “promovendo a unidade e o entendimento, desprezando toda atitude de intolerância, ódio, racismo e enfrentamento”.
Nesse sentido, convidaram aos bolivianos a participar da Jornada Nacional de Oração pela Paz em 19 de setembro, “onde cada comunidade de fiéis está chamada a orar” para que Cristo e Santa Maria “guiem nossos passos pelos caminhos da reconciliação, o bem comum, a dignidade e a liberdade”.
O comunicado completo está em http://www.iglesia.org.bo/sitio/informaciones/index_noticia.php?id=918