Destacados peritos se reuniram esta semana em Chicago para participar da conferência "Recuperando a Paternidade", durante a qual avaliaram o impacto negativo –e até agora menosprezado– do aborto nos homens cujas mulheres se submetem a este procedimento.

O evento foi organizado pelo Escritório Nacional da Reconciliação e Consuelo Depois do Aborto e contou com o auspício dos Cavaleiros de Colombo e o Escritório da Evangelização da Arquidiocese de Chicago. Psicólogos, conselheiros, acadêmicos e sacerdotes refletiram com homens e mulheres afetados pelo aborto sobre os efeitos desta trágica experiência.

Conforme informaram os organizadores, na reunião se falou do chamado "problema invisível" quer dizer das conseqüências do aborto nos homens, que "ao igual às mulheres, sofrem e sentem uma dor profunda a conseqüências de suas experiências com o aborto".

Os participantes provieram de toda América do Norte, Europa e África. Entre os apresentadores figuraram vários pais que perderam a seus filhos mediante o aborto.

O psicólogo Vincent Rue, psicoterapeuta com mais de 30 anos de experiência, lamentou que algumas semanas atrás a American Psychological Association (APA) tenha considerado que "o aborto é psicologicamente seguro para as mulheres quando estão em meio de uma conferência aonde os homens estão falando da pena enorme que sofrem a conseqüência do aborto".

"O APA perdeu uma oportunidade e aconselhou mal ao público americano. Está fora de contato com a realidade e com o sofrimento e a dor de toda esta gente que é muito verdadeira", adicionou.

Por sua parte, a psicóloga Catherine Coyle, pediu àqueles que "sofrem depois de um aborto", dar-se conta "de que não estão sozinhos. Nós temos o dever de demonstrar compaixão ao reconhecer que certa gente, homens e mulheres, sofrem profundamente depois de um aborto. E se temos que nos converter em uma sociedade compassiva devemos reconhecer seu sofrimento e lhes proporcionar a ajuda que necessitam sem pensar em nossa posição individual com respeito ao aborto".