O Arcebispo de León, Dom José Guadalupe Martín Rábago, rechaçou a recente decisão da Suprema Corte de Justiça da Nação (SCJN) e alentou a defender a vida no México, ao tempo que precisou que "não tudo o que é legal é moral".
“Não tudo o que é legal é moral”, comentou o Prelado e precisou que esta sentença “semeia jurisprudência e poderia propiciar reformas penais” em todo México.
Entretanto, precisou, “o que a Corte decidiu não tirar para nada as normas que existem na Igreja e mas bem nos obriga a seguir pregando o que é o cultivo à vida humana, que seguirá sendo sagrada, independentemente da disposição da Suprema Corte”.
Seguidamente advertiu que “a pena da excomunhão se impõe desde 1917 para as pessoas que consciente, livre e voluntariamente abortam e para aquelas que colaboram na realização desse ato”.
Deste modo explicou que de acordo ao direito canônico há dois tipos de excomunhão, na primeira lhe é "imposta a uma pessoa mediante julgamento onde lhe declaram: o senhor está excomungado”. Na segunda, conhecida como “latae sententiae”, não se necessita de um julgamento, como no caso de quem aborta ou ajuda a realizar um aborto.
Deste modo indicou que para quem tem decidido descriminalizar o aborto “a excomunhão é ipso facto, pelo fato de ter cometido essa ação”.
De outro lado, o Prelado descartou a possibilidade de que se legalize o aborto no estado de León, como aconteceu no Distrito Federal.