Um grupo de ourives descobriu uma cruz de prata de uns três séculos de antigüidade, enquanto restauravam os raios que leva a venerada imagem do Senhor dos Milagres na Basílica de Buga, perto de Cali.

Conforme informa o jornal El Tiempo, tanto os ourives como os sacerdotes redentoristas, encarregados da administração do templo, reconheceram que o que parecia lata na parte posterior do Cristo Milagroso era prata esculpida elaborada no ano 1748.

O Pe. Noel Antonio Londoño, reitor da Basílica, assinou uma ata em que assinalou que "pôde-se observar que a madeira da cruz posterior era muito mais antiga e que tinha umas folhas metálicas superpostas. Embora estavam escuras e feias, os joalheiros puderam determinar que eram de prata esculpida com instrumentos artesanais de faz mais de dois séculos".

O vice-reitor da Basílica, José Over Gallego, junto com o Padre Londoño disseram que, a partir dos estudos, "deduz-se que os enfeites de prata não foram reconhecidos durante os últimos 150 anos, porque não se lhes menciona na crônica detalhada dos Redentoristas chegados em 1884 quem confirmou que a Cruz do Santo Cristo foi restaurada em 1748".

Por sua parte, o Bispo da Diocese de Buga, Dom Hernán Giraldo Jaramillo, e o Superior dos Missionários Redentoristas na Colômbia, Pe. Rafael Prada Ramírez, decidiram limpar e restaurar os enfeites, para colocá-los sobre a cruz antiga.

Finalmente, o reitor da Basílica assinalou que o achado "indica-nos que estamos celebrando os 260 anos dessa restauração, já que, por essa data vieram até Buga ourives que lhe puseram enfeites de prata ao sagrario da Igreja maior, a Catedral de São Pedro".

A Basílica

A Basílica de Buga fica no Vale do Cauca, ao noroeste da Colômbia. Desde 1875 está sob a administração dos Padres Redentoristas. Em 1907 se inaugurou o templo transladando a imagem do Senhor dos Milagres de sua antiga ermida ao novo santuário que demorou 15 anos em ser construido. Desde 1937, sob o Pontificado de Pio XI, tem o título de Basílica devido aos numerosos milagres e ao volume de peregrinos que a visitavam (mais de 800 mil anuais).