O porta-voz da Conferência Episcopal Argentina, Pe. Jorge Oesterheld, assinalo que a Igreja no país valora positivamente a intenção de modificar a lei de radiodifusão “mas espera que se respeitem seus direitos adquiridos e o trabalho pastoral que leva adiante nos meios”.
Para a Igreja é “muito importante que ela, outros credos e organizações comunitárias tenham presença no espectro da rádio e a televisão”, precisou o presbítero em declarações à agência AICA, ao finalizar a 150º reunião da Comissão Permanente do Episcopado argentino.
Do mesmo modo, assinalou que os Prelados mostraram sua preocupação pela iniciativa do Governo de modificar essa Lei, vigente desde setembro de 1980, e querem “participar de sua formulação e não perder direitos adquiridos”.
Nesse sentido, o Pe. Oesterheld lembrou que a Comissão Episcopal de Comunicação Social entregou em maio passado uma carta à Presidenta Cristina Fernández Kirchner solicitando que lhe permita participar do debate do projeto de lei que elabora o Poder Executivo e que mantêm em segredo.
De acordo ao rascunho da nova Lei de Radiodifusão, ao que teve acesso o jornal argentino Perfil e como publicaram recentemente em seu portal, reduziria-se as atuais 24 licenças por empresa a um máximo de 10, o que obrigaria aos grandes grupos multimídia da Argentina a desprender-se de rádios e canais de TV”.
Do mesmo modo, incluiria-se uma proibição “às empresas de serviços públicos de oferecer serviços de radiodifusão, o que impediria que as telefônicas ingressem no negócio do ‘triplo play’ (televisão, acesso a Internet e telefonia)”, destacaram o jornal.