A Conferência Episcopal Equatoriana deu a conhecer hoje uma declaração em que ratificam unanimemente o pronunciamento que fizeram em 28 de julho que passou, onde questionam o polêmico projeto de Constituição impulsionado pelo Presidente Rafael Correa que não garante o direito à vida da concepção, atenta contra a família e o direito dos pais a educar a seus filhos segundo suas próprias convicções.

Ao referir-se ao pronunciamento de julho, os prelados equatorianos explicam que "os critérios enunciados foram expostos à opinião pública em forma clara e exata  por nossos representantes, especialmente por Dom Antonio Arregui, Presidente".

Naquela oportunidade, os bispos do Equador explicavam que o projeto de Carta Magna tem ao estatismo como fio condutor, não reconhece claramente o direito à vida da concepção e atenta contra a família como célula fundamental da sociedade e o bem comum, pois a equipara "à união de pessoas do mesmo sexo".

Depois de explicar que é competência da Igreja fazer ouvir sua voz ali onde se atenta contra o ser humano, os bispos recordam nesta declaração ratificatória "a plena e incontestável liberdade que assiste ao clero para pregar, expor e defender a doutrina dogmática e moral católica".

"Em cumprimento de nossa missão, continuaremos com as orientações pastorais sobre os pontos referidos em 28 de julho que passou. Trataremos de iluminar a realidade com a Palavra de Deus para que os católicos e pessoas de boa vontade, depois de informar-se bem, emitam seu voto em consciência, livre e deliberadamente" no referendum de setembro para aprovar ou não o projeto constitucional, finalizam os bispos equatorianos.