TOLEDO, 16 de ago de 2008 às 18:26
O Cardeal Arcebispo de Toledo, Antonio Cañizares Llovera, assegurou hoje que a Igreja apesar de ser "velha em idade" é ainda capaz de obrar em termos de futuro, de atuar para a própria renovação incessante de si mesma e do mundo. "Essa Igreja, aparentemente ou realmente envelhecida, pode ainda construir seu amanhã e o amanhã da humanidade se tiver fé suficiente".
O Cardeal Cañizares que presidiu a Missa Pontifical em honra à Virgem do Sagrário, padroeira da cidade de Toledo, proclamou em sua homilia que "a força renovadora da Igreja surge da grande esperança que nos habita quando apoiamos em Deus nossa vida".
Assim, afirmou que "as sociedades mudam quando as pessoas mudam seus projetos, seus corações e mentes" e continuou dizendo que "as verdadeiras mudanças nascem nos corações e nas mentes das pessoas".
"Nos apoiemos em Deus, renovemos a esperança e haverá uma grande renovação na Igreja, encherá-se de juventude e de força para renovar nosso mundo tão pobre e necessitado de esperança", alentou.
"Talvez a Igreja possa parecer velha ou envelhecida, pode parecer carregada de anos, e formada por pessoas de anos, mas sabe a Igreja que pode desejar a novidade de Deus e de seu amor antes de obtê-la. Sabe que pode amar e esperar contra toda esperança, e além de triunfos e de prestígios humanos", asseverou o Cardeal Cañizares.
Finalmente, o Arcebispo de Toledo indicou que a Igreja existe para que Deus possa ser dado a conhecer e ajudar a viver desde ele e nele. "Esta é sua tarefa para nosso tempo. A fé se propõe, não se impõe. Nossa tarefa como cristãos não é outra que avivar e alimentar a experiência de Deus: a fé, propiciar o encontro com Deus, e antecipar entre nós o reino de Deus", finalizou.
A seguir da Santa Missa, teve lugar a procissão com a imagem da Virgem, pelas naves da Catedral. Do mesmo modo, os toledanos não quiseram perdê-la tradição de beber a água da cisterna da Catedral nas moringas que o Conselho dispõe todos os anos. Entretanto, este ano a água da Virgem se facilitou na Porta do Relógio, por causa das obras iniciadas no claustro.