A Conferência Episcopal Boliviana (CEB) chamou as autoridades eleitorais a garantir a transparência do referendum em domingo 10 de agosto, onde se ratificará ou revogará ao Presidente Evo Morales, vice-presidentes e prefeitos regionais; mas lembraram que este processo "por si só não representa a solução aos problemas estruturais do país".

Em um comunicado, os bispos insistiram às "instâncias responsáveis" a "garantir e mostrar, ante o país e a comunidade internacional, um processo claro e transparente, antes, durante e depois do ato de votação, no respeito da vontade dos cidadãos".

Nesse sentido, indicaram que todos, especialmente as forças da ordem, devemos contribuir para que "este acontecimento se desenvolva em um ambiente de respeito, serenidade e paz, condição indispensável para o exercício livre" dos direitos cidadãos.

A CEB pediu às autoridades submetidas ao referendum assumir os resultados, "qualquer que estes sejam", para "assegurar dias de certeza e paz a nossa pátria, no marco da legalidade e governabilidade".

O Episcopado advertiu que "um Referendum por si mesmo não representa a solução aos problemas estruturais do país". Por isso exortaram às autoridades políticas e líderes sociais para que depois este, "retomem o diálogo sincero e autêntico como único médio para construir acordos e consensos duradouros" que permitam o desenvolvimento da Bolívia.

Também pediram aos meios de comunicação contribuir a um clima de serenidade e respeito entre bolivianos, "através do tratamento veraz, objetivo e equilibrado da informação".

"Como Conferência Episcopal Boliviana animamos a todos os cidadãos a uma participação consciente e responsável durante esta jornada, guiada pelos princípios de liberdade, respeito e convivência democrática", expressou o comunicado.