O Assessor de Caritas Internacional sobre o AIDS, Monsenhor Robert Vitillo, recordou a importância de dar a conhecer o trabalho da Igreja neste âmbito para acabar com a “ignorância que pesa sobre o imenso trabalho” que “realiza faz várias décadas” para responder a este flagelo.
O Pe Vitillo, quem participa da Conferência Mundial do AIDS que se vem celebrando no México, sustentou que este evento oferece “uma ocasião excepcional para compartilhar entre todos os agentes implicados na luta contra esta enfermidade o máximo de conhecimento e experiência possíveis”.
“A Igreja Católica é uma das maiores redes globais de serviços sanitários, da que dependem diretamente em todo mundo”, pois dirige “5.246 hospitais, 17.530 dispensários, 577 leprosários e 15 208 residências para anciões, doentes crônicos e descapacitados físicos e psíquicos”, afirmou.
Do mesmo modo, lembrou que o trabalho da Igreja frente à AIDS consiste em “ensinar às pessoas tanto os fatos relativos a pandemia, como os valores permanentes que deveriam fundamentar nossa resposta”, isto inclui “tanto a prevenção da ulterior difusão do vírus, com medidas como a abstinência sexual fora do matrimônio ou a fidelidade conjugal, como o amor aos doentes, a solidariedade, a superação da discriminação e o rechaço”.
Além disso, o Assessor de Caritas assegurou que a missão é “servir às pessoas” e por isso a parte de Caritas há “outras muitas organizações católicas que estão trabalhando para ajudar às pessoas que estão afetadas pelo HIV”.
A Igreja oferece “atenção pastoral às pessoas que convivem com o vírus” pois muitos deles que “conhecem de primeira mão o impacto do vírus tratam de aprofundar sua relação com Deus, especialmente quando têm que confrontar o desafio que lhes expõe o vírus ou a seus seres queridos”, destacou.
Trabalho incansável
“A rede Caritas tem atualmente programas de prevenção, tratamento e cuidado dos afetados em 107 países”, precisou Mons. Vitillo, e os recursos que se destinam são abundantes. Somente “Caritas Espanhola destinou o ano passado mais de 3,6 milhões de euros a programas contra o AIDS, e atendeu a 524 pessoas em todo o país”, adicionou.
Também indicou que “o 27% das instituições que combatem o HIV no mundo pertencem à Igreja católica, quer dizer um de cada quatro doentes de AIDS são atendidos por instituições católicas”, convertendo-se assim na número um no combate contra este flagelo.
“Entre as muitas organizações, congregações e associações que se dedicam a ajudar às pessoas que padecem deste mal estão as Vicentinas, Comunidade de São Egidio, Camilos, Jesuítas, religiosas da Madre Teresa, o Hospital do Menino Jesus da Santa Sé ou Farmacêuticos católicos”, asseverou. Além disso se está a Fundação O Bom Samaritano, criada por João Paulo II, que até o momento dispensou anti-retrovirais a mais de 20 países.