Lembram dez anos do milagre que permitiu canonização de Madre Maravilhas

BUENOS AIRES, 27 de jul de 2008 às 23:19

O semanário católico Cristo Hoje lembrou os dez anos do milagre que comoveu a Argentina e permitiu a canonização da Madre Maravilhas de Jesus, religiosa carmelita espanhola.
Como lembra Cristo hoje, em 19 de julho de 1998, Alicia Vilar tinha o seu filho Manuel de apenas um ano e meio, “morto no hospital. Ela rezou a Madre Maravilha em meio de um profundo desespero. Em 2002, a criança, vestida de gaúcho argentino, apresentou as oferendas a João Paulo II durante a missa de canonização da Santa Madre Maravilhas”.
A criança caiu na piscina da casa de seu irmão e se afogou. “Minha cunhada se aproximou da piscina e começou a gritar porque o viu flutuando barriga para baixo. Manuel não manifestava nenhum sinal vital e não sabíamos o que fazer”, lembrou.
Ao ver seu desespero, uma vizinha desafiou a Alicia a rezar. “Aí me lembrei da Madre Maravilhas, a quem eu rezava sempre e com quem tinha uma comunicação especial. Depois de um momento me avisaram que manifestava sinais vitais, mas que estava muito grave. ia ficar em estado vegetativo porque tinha estado mais de 20 minutos sem respirar”.
“Passei toda a noite rezando, estava em outro mundo, e os de ao redor, desesperado-se. Às 5 ou 6 da manhã Manuel acordou, transladaram-no de sala, tiraram-lhe o cateter e o respirador. Estava como se nada tivesse passado. Daí o trouxemos para a casa e estava completamente normal”, adiciona. 
Alicia sustenta que sempre teve “um afeto muito especial por Madre Maravilhas e nem sequer era conhecida nesse momento. Eu lhe falava dela a minha família e conhecidos, e ninguém me fazia caso”.
“Eu não estava inteirada de que fazia falta só um milagre para sua canonização. A beatificação tinha sido nesse ano, e graças a esse milagre depois foi canonizada”, adiciona.
Depois do acontecido, as religiosas carmelitas de Nogoyá lhe deram de presente “um quadro com a imagem da Madre Maravilhas, e ele, apenas a viu, reconheceu-a e a chamou ‘Mamãe!’. Com seu pobre vocabulário de um ano e meio em seguida me deu a entender que a conhecia. Ele nunca tinha visto nenhuma imagem dela”.