Uma pesquisa revelou que 56 por cento dos canadenses está contra a decisão do Governo de conceder a Ordem do Canadá, a máxima honra civil do país a Henry Morgentaler, um médico judeu de origem polonês, conhecido como o "pai do aborto" na nação.
A empresa KLRVU entrevistou a 13.324 pessoas de todo o país por telefone. A todos lhes fez a mesma pergunta: “Considera que o abortista Henry Morgentaler merece a Ordem do Canadá?” A pesquisa foi realizada por encargo do Campaign Life Coalition (CLC) e segundo esta organização, confirma que o repúdio à entrega do prêmio aumentou dramaticamente.
“Muitos canadenses sentem que esta designação chegou muito longe e ofendeu a muita gente”, explicou Jim Hughes, presidente nacional do CLC. “A cobertura mediática do caso Morgentaler nos deu o debate sobre o aborto maior visto nos últimos vinte anos e quando os canadenses são obrigados a pensar no aborto, percebem que se trata de algo terrível”, indicou.
Morgentaler, que faz uns dias recebeu o prêmio, abriu em 1969 uma clínica de abortos clandestinos e se converteu no líder do movimento abortista até que em 1988 a Corte Suprema do Canadá legalizou o aborto.
Desde sua premiação, a comunidade de leigos católicos "Madonna House", com sede no Combermere, Ontário, devolveu a medalha outorgada à sua fundadora Catherine Doherty; e o sacerdote Lucien Larre de British Columbia, que faz 25 anos recebeu o galardão, enviou sua medalha por correio às autoridades.
Gilbert Finn, ex-tenente governador de New Brunswick, e o detetive retirado da Polícia Frank Chauvin, também devolveram suas medalhas em protesto pelo caso Morgentaler.