O Bispo de Ávila, Dom Jesus García Burillo, lamentou que na Espanha queira se impor um "evangelho leigo onde os valores do Reino de Deus sejam substituídos pelos ‘valores do progresso’" e o “reino da laicidade” cujos sinais são o aborto, a eutanásia e a laicidade.
Em sua última carta pastoral com motivo das férias do verão, o Bispo assinala que "faz algumas semanas nos foi anunciado várias vezes a transformação da sociedade espanhola, fruto de uma pedagogia social, que mudará a mentalidade e o estilo da sociedade atual, já ultrapassada, em um futuro de progresso" com "sinais" como "o aborto, a eutanásia e a laicidade".
O Bispo pediu aos fiéis refletir sobre este tema e que considerem que "as expectativas da cultura atual dominante, amparadas e alentadas fervorosamente pelo partido no poder são em realidade sinais de morte e não de vida".
Sobre a eutanásia, Dom García Burillo adverte que "propõe-se como um direito pessoal a conseguir pela livre decisão sobre a morte digna", quando "as práticas que conhecemos, sobre as que se trata de ampliar o direito a morrer, consistem na sedação de uma pessoa até fazê-la desaparecer".
Do mesmo modo, referiu-se à disciplina de Educação para a Cidadania, "que trata de formar às nossas crianças e adolescentes segundo o espírito da cultura dominante, cultura de morte, cultura de igualdade de gêneros" que "aspira a ser a base de formação de uma sociedade verdadeiramente leiga, segundo o modelo antropológico que propõe o Estado".
Sobre este tema, lembrou que a objeção de consciência apresentada por associações de pais de família é um direito que deve ser reconhecido.
O Bispo sugeriu aos fiéis se afastar “um tempo dos meios de comunicação social e em particular das múltiplas cadeias de televisão que nos convidam a andar por caminhos variados e atrativos, a mergulhar alegremente na nova sociedade do bem-estar que nos leva ao estado do desfrute, da liberdade sem limites, do reino da confusão".