Como resultado da entrada em vigência da lei que permite o chamado "divórcio rápido" em municipalidades e cartórios do país, a Conferência Episcopal Peruana publicou esta segunda-feira um comunicado urgente reiterando que o matrimônio católico é indissolúvel.

"Vimos com preocupação –dizem os Bispos peruanos– que alguns meios de comunicação ao momento de difundir esta notícia, transmitem imagens de matrimônios realizados em templos católicos, provocando nos receptores uma confusão sobre os verdadeiros alcances da referida norma".

Por este motivo, o Episcopado peruano esclarece aos fiéis:

Que o matrimônio "é um vínculo sagrado que consiste na união voluntária de um homem e uma mulher, que decidem constituir entre si uma comunidade permanente de vida e amor".

Que por sua própria natureza, "esta união é indissolúvel e está orientada ao bem dos cônjuges, à procriação e à educação dos filhos. A fidelidade às promessas que fizeram os cônjuges ao momento de contrair matrimônio, está intrinsecamente unido ao amor fiel e perpétuo de Deus trino e à dignidade de todo ser humano".

portanto, "nenhuma norma civil pode afetar o caráter sacramental do matrimônio religioso. O matrimônio é e será sempre um sacramento indissolúvel, por isso não é plausível o divórcio. Atentar contra a perpetuidade do matrimônio significa afastar da ordem natural disposta pelo Criador em bem de seus filhos".

Os Bispos concluem a mensagem pedindo aos meios de comunicação "cuidar de difundir de maneira clara, objetiva, responsável e verdadeira os alcances da norma em questão, especialmente no caso da publicação de fotografias e edição de vídeos".

Por último, invocam aos fiéis católicos a "ter sempre presente e aplicar em suas vidas o Evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo".