Dom Gregor Maria Hanke, Grande Chanceler da Universidade Católica de Eichstätt-Ingolstadt, opôs-se à nomeação do teólogo Ulrich Hemel, como reitor desta casa de estudos, porque este personagem não tem méritos acadêmicos suficientes, discrepou em várias ocasiões com os ensinamentos da Igreja Católica e questionou a eleição do Papa Bento XVI.
A decisão de Dom Hanke, também Bispo de Eichstätt, causou moléstias a membros do Senado e do Decanato da universidade e alguns argumentaram que com sua decisão, impede-se que a universidade goze de “autonomia ilimitada”.
Entretanto, o jornal católico alemão Die Tagespost, precisou que o caso não afeta a autonomia da casa de estudos senão que mostra que o representante eclesiástico está assumindo sua competência de direção.
Na cerimônia de despedida do antigo reitor, Ruprecht Wimmer, o Bispo de Eichstätt lembrou que todo aquele que ocupe seu cargo deve estar em comunhão com os bispos e deve viver um “Sentire Cum Ecclesia”.
Em declarações à revista alemã “Die Zeit”, Hemel já tinha questionado a eleição do Papa Bento XVI, acusando ao então Cardeal Joseph Ratzinger de colocar-se “na ponta de um movimento conservador na Igreja” e haver-se “deixado levar a posições radicais”.
A universidade ainda não conta com reitor, mas o Bispo se comprometeu a propor candidatos com experiência e preparação acadêmica adequadas, além de garantir a confiança necessária para assumir o cargo.