QUITO, 9 de jul de 2008 às 10:14
O Conselho Equatoriano de Leigos Católicos (CELCA) denunciou que a Constituição que está sendo elaborada pela Assembléia Constituinte do país é abortista e exigiu aos congressistas retifiquem todos os textos com os que pretendem "legalizar o aborto em nosso país".
Embora os "cidadãos católicos contribuímos na Assembléia com propostas a favor da vida e a família, respaldadas por mais de 700 mil assinaturas, transmitindo o parecer da população majoritária do Equador", os "congressistas -especialmente de acordo País- violentaram o sentir do povo católico, nos impondo uns artigos constitucionais abortistas", indica o CELCA em recente comunicado.
A organização, que representa ao laicado católico do Equador, sustenta que evidencia a atitude abortista dos congressistas é a aprovação "do Capítulo denominado ‘Direitos Civis’" que afirma que –em relação aos ‘direitos reprodutivos’– "toda pessoa tem direito a tomar decisões livres, responsáveis e informadas sobre sua saúde e vida reprodutiva e a decidir quando e quantos (sic) filhos/as ter".
"A reforma proposta utilizou o verbo genérico ‘ter’, que possui mais de 25 significados, em lugar do verbo especifico ‘procriar’, de acepção única que é engendrar", deixando as portas abertas a que se possa dizer que um "ser já procriado, mas ainda não nascido, possa legalmente ‘não ser tido’ o que equivale a abortado ou assassinado", assegura.
Do mesmo modo, explica que o direito à vida dependeria de "os direitos reprodutivos da mãe"; se ela decidir "conceber e continuar com a gravidez, protege-se e se cuida da criança" mas "se decidir abortar já não haveria, obviamente, a quem proteger e cuidar".
"Em conseqüência o que se garante da concepção não é a vida mesma das crianças, senão seu ‘amparo e cuidado’ sempre que estiverem vivos por vontade de sua mãe", lembra CELCA.
Diante desta situação "exigimos aos congressistas, que reconheçam a vontade do povo católico e retifiquem todos os textos com os que pretendem, por baixo dos panos, legalizar o aborto no nosso país", conclui o comunicado.