Depois da celebração de sua segunda reunião ordinária anual realizada de 30 de junho a 4 de julho, a Conferência Episcopal Panamenha (CEP) emitiu um comunicado no que alentou a criar políticas para obter o desenvolvimento humano das pessoas, especialmente através da saúde, educação das crianças e jovens; e fez um chamado para uma justa luta eleitoral.

No comunicado, os prelados recordam que "embora sejam importantes as modificações curriculares para formar os profissionais adequados às necessidades econômicas e trabalhistas do país, isso não é suficiente. Uma verdadeira educação deve ser integral e oferecer, não só ferramentas para o desenvolvimento econômico, mas também também para um desenvolvimento humano com dignidade, solidariedade e eqüidade".

Seguidamente destacam que "toda proposta de educação deve ter a família como referência central e deve ser respeitosa dos princípios e valores mais sagrados de nosso povo, que hoje se encontram ameaçados por uma tendência cultural alheia a nossa tradição e história e quer afirmar uns supostos direitos humanos que distorcem a realidade da pessoa, da família e da vida".

Deste modo recordam que "é necessário assegurar no país um clima de quietude que nos permita realizar um processo eleitoral justo, sereno e amplamente participado. As autoridades não podem renunciar a sua responsabilidade de garantir a tranqüilidade e a paz social e promover o bem comum. Tampouco devem adiar a busca de solução aos problemas para confiá-la à próxima administração".

Depois de lembrar que os problemas de saúde afetam principalmente aos mais jovens, os bispos recomendam "um Pacto de Estado pela Saúde com participação de todos os setores sociais, incluídos os usuários do sistema, tendo em conta o exposto no diálogo de Acordo Nacional, que abordou amplamente este tema".

Diante da violência que se vive no país, os prelados alentam "uma política de segurança, assumida e consensuada com os diversos setores da sociedade, com visão integral e de longo prazo, transparente, responsável, sem inclinação partidista e com apego irrestrito à dignidade da pessoa humana e ao Estado de Direito".