O semanário Da Fé, órgão informativo da Arquidiocese do México, assinalou que um Estado leigo moderno é aquele que respeita e impulsa as manifestações religiosas de seus cidadãos, e não como propõem alguns "intelectuais" "ancorados" no laicismo do século XIX, que atacam este direito fundamental da pessoa.

"Em pleno século XXI, quando crescemos como sociedade no respeito aos direitos humanos e na sensibilidade para as distintas expressões e opiniões, ainda há quem pensa que um Estado leigo é aquele que ignora toda expressão religiosa própria de um povo ou que deve ser não só indiferente, mas também totalmente contrário a qualquer manifestação de religiosidade", expressou a revista em sua página editorial.

Explicou que na maioria "dos países desenvolvidos e democráticamente adiantados, com uma clara estrutura do Estado leigo moderno, há convênios e colaboração com as instituições religiosas e um pleno respeito das crenças de seus cidadãos"; além disso impulsionam "as distintas manifestações religiosas" de seus povos.

Nesse sentido, Da Fé recordou que "o Estado mexicano está facultado para estabelecer diálogo e acordos com as sociedades intermédias reconhecidas na Constituição, chamem-se associações mercantis, culturais, civis ou religiosas".

"Mais ainda, no campo religioso, o orçamento aprovado cada ano pelo Congresso mexicano tem uma contribuição através do CONACULTA para a conservação e restauração do patrimônio nacional, onde se encontram infinidade de templos católicos, incluindo a Catedral Metropolitana", assinalou.

Por isso, denunciou o desejo de alguns "intelectuais" de impor arbitrariamente a ditadura de um laicismo discriminatório "de inocultáveis conotações maçônicas", que atenta contra um dos mais elementares direitos humanos: "a liberdade religiosa" que vai além da liberdade de cultos.

Em nosso país, indicou, estamos muito longe da maturidade de um Estado leigo moderno, "começando por aqueles que se sentem donos da opinião pública, a quem segue alguns de nossos políticos faltos de talento e da mínima cultura e conhecimento da história para o exercício de seus deveres".

Por outro lado, ao término da Missa dominical, o porta-voz do Arcebispado, Pe. Hugo Valdemar, referiu-se à necessidade de restaurar diversos recintos religiosos que vêm da época colonial. Indicou que até a data, as autoridades federais não cumprem seu trabalho de proteger o patrimônio religioso do Centro Histórico do Df.