Segundo a agência vaticana Fides, o Vigário Apostólico de Nepal, Dom Anthony Sharma lembrou ao assassinado sacerdote salesiano índio, Pe. Johnson Moyalan, como um homem "muito comprometido pastoralmente, um excelente missionário, uma pessoa capaz de grande compaixão com os pobres e os marginalizados".

No passado, em sua missão no Nepal, ajudou "na formação de seminaristas. comprometeu-se com a formação para a instrução e a promoção social das populações pobres, sobre tudo não cristãs, como os tribais e os ‘intocáveis’. Sua dedicação na escola Dom Bosco da Sirsia era apreciada por todos", disse logo o Prelado.

Segundo as primeiras investigações da polícia, os homicidas seriam expoentes do grupo terrorista o Nepal Defence Army, nascido depois da declaração do Parlamento de Nepal como "estado leigo"; que recentemente pusesse uma bomba na mesquita de Biratnagar, localidade pouco distante da Sirsia, matando a dois muçulmanos. "Em efeito, cristãos e muçulmanos da área foram ameaçados pelo grupo", confirma ao Fides Dom Sharma.

Depois de expressar que "a Igreja Católica é muito apreciada por todos por sua atitude e suas obras", o Bispo indicou que alguns dias antes do homicídio, "os salesianos tinham recebido ameaças e intimidações para que deixassem a missão" e que "graças a alguns amigos hindus, estabeleceram contato com o grupo, recebendo a certeza de que aos missionários não teria lhes acontecido nada. Entretanto depois aconteceu este doloroso episódio".

"Deve lembrar-se que, neste doloroso momento, tal injusto ato de violência gerou espontânea solidariedade e apoio a nossa comunidade por parte de outras comunidades religiosas, organizações sociais e políticas, e muitos cidadãos. Todos estão elogiando nossa presença, as atividades e os esforços da Igreja", comentou.