O Secretário Geral da Conferência Episcopal da Colômbia (CEC), Dom Fabián Marulanda, expressou sua esperança em que o pedido do Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, para que as FARC liberem incondicionalmente a seus reféns "corresponda a um desejo muito sincero e a uma mudança na mentalidade não somente" do mandatário, "mas sim de muitas outras pessoas que de uma ou outra maneira vieram fazendo o jogo à subversão".

Assim o expressou o Prelado em declarações a Rádio Caracol sobre o indicado por Chávez quando este também assinalou que neste tempo não se justificam os movimentos guerrilheiros na América Latina. Para o Secretário Geral da CEC, as palavras de Chávez foram "sensatas e racionais".

O também Bispo Emérito de Florência assinalou que a CEC segue procurando um contato com as FARC para conseguir uma troca de reféns por rebeldes presos, mas não deu detalhes. "A Igreja nisso manteve muita discrição, um perfil de muita reserva. Assim como há outras políticas no sentido de publicitar quanto se faz e se diz, a Igreja considera que é preferível um caminho de muita discrição nisso", precisou.

Por sua parte, o representante à Câmara Mauricio Lizcano, do oficialista Partido Social de Unidade Nacional, declarou que o mandatário venezuelano "entendeu que existe uma nova realidade política no mundo frente a grupos como as FARC, os paramilitares e o terrorismo. Esperemos que as FARC entendam e escutem esta petição do Presidente Chávez que foi, entre aspas, um aliado ideológico".