Em declarações à agência F, Dom Miguel Maury, nomeado Núncio Apostólico em Kazajstán, afirmou que a presença da Igreja Católica “em mundos onde são majoritárias outras tradições” assegura a liberdade religiosa.
Dom Maury é o primeiro espanhol que exercerá este cargo na Ásia Central e tem previsto chegar a Astaná em julho próximo com “a oração e o carinho de muitos, alguns livros e apontamentos, e um pouco de música”.
Sobre os desafios que enfrentará em Kazajstán, explicou que “além do idioma a aprender, os campos de trabalho são vários: favorecer as relações Igreja-estado, o diálogo ecumênico, interreligioso e intercultural e seguir a situação em geral”.
Kazajstán, lembrou, é “um grande país emergente que está realizando em modo ordenado e estável a transição do antigo mundo soviético a um sistema de economia de mercado e de liberdades”.
Para o Dom Maury, “a liberdade religiosa é espelho e garantia das demais liberdades, porque toca o mais íntimo que há no coração do homem” e, por isso, a presença da Igreja Católica em Kazajstán e, em geral, em um plano político, “em mundos onde são majoritárias outras tradições religiosas assegura o exercício de tal liberdade fundamental”.
•Em um plano estritamente religioso, a Igreja ajuda a todo homem a descobrir que o Autor da vida não é alguma coisa longínquo, senão um Pai, que nos ama e nos faz receber os outros como irmãos”, explicou e adicionou que por isso “no plano social, as obras assistenciais, humanitárias, educativas, sanitárias e de promoção social da Igreja” se dirijam “a todos, crentes ou não”.
O futuro Núncio nasceu em Madri em 1955, foi ordenado sacerdote em 1980 e trabalhou como vigário da paróquia da Santíssima Trindade de Colina-Villalba.
Em 1987 passou a servir no Serviço Diplomático da Santa Sé e, posteriormente, foi designado Secretário das Nunciaturas Apostólicas de Ruanda, Uganda, Marrocos e Nicarágua.
Também exerceu como conselheiro nas nunciaturas do Egito, Eslovênia, Macedônia e Irlanda.