Dois reconhecidos dirigentes pró-vida peruanos foram expulsos de uma conferência de imprensa convocada pelas organizações abortistas locais "Manuela Ramos" e "PROMSEX" para reclamar a legalização do aborto. O evento supostamente devia ser "aberto" aos meios de imprensa e pessoas interessadas.

Mas, os gestos de simpatia estendidos aos repórteres de imprensa e público simpatizante se acabaram quando funcionárias de ambas as organizações identificaram entre os presentes a Maggela de Tejada, Secretária da Comissão Episcopal de Família e Carlos Pólo, Diretor do Escritório para a América Latina do Population Research Institute; que sem nenhuma explicação foram "convidados" a abandonar o local onde se realizava o evento pró-abortista.

A conferência de imprensa foi convocada sob o título "O aborto terapêutico é legal e pode salvar sua vida".

Carlos Pólo relatou a ACI Imprensa que "uma hora antes da conferência de imprensa chamamos à pessoa de contato consignada no convite, Sonia Puerta, e nos confirmou que o ingresso era livre. Entretanto, foi a mesma senhorita Puerta quem me pediu que me retirasse".

A mesma sorte correu a senhora Tejada, a quem logo depois de identificar-se como membro da Conferência Episcopal Peruana lhe pediram que se retire com a desculpa de que "o convite era só para meios de comunicação". "De nada serviu lhes explicar que a Conferência Episcopal tem diversos meios de comunicação e que se me expulsavam seria um caso abertamente discriminatório e de intolerância, pois sem nenhuma explicação adicional insistiram em que fosse embora", assinalou Tejada.

Um dos assistentes a esta conferência de imprensa que pediu guardar seu nome em reserva referiu a ACI Imprensa que em seu caso não lhe puseram como requisito ser membro ou representante de algum meio de comunicação. "De fato, não o sou, mas acreditaram que era simpatizante da causa e me deixaram ficar sem problemas".

A fonte revelou que durante o evento, Susana Chávez, diretora de PROMSEX e Rocio Gutiérrez, do Movimento "Manuela Ramos" afirmaram categoricamente que o aborto é legal no Peru e chegaram a afirmar que "constitui um direito tão necessário como a alimentação ou a água potável".

A conferência de imprensa, segundo a fonte, concluiu com um chamado ao Ministério de saúde para que promulgue um "protocolo de aborto terapêutico", o caminho jurídico através do qual PROMSEX e "Manuela Ramos" pretenderam obter a legalização oculta do aborto no país.

"Esta atitude intolerante demonstra que os promotores do aborto não só pretendem interpretar abusivamente as leis, mas também estão fechadas a qualquer tipo de debate", disse Carlos Pólo.

"Estas organizações –adicionou– pretendem dar a impressão de abertura, repetem constantemente o seu lema de 'liberdade de eleição' e inclusive acusam a outros de 'fundamentalistas'; entretanto, encarnam um totalitarismo ideológico que se expressa logo na manipulação da liberdade de muitas mulheres pobres". "Nem sequer toleram aos que querem escutá-los criticamente", concluiu.