Depois de 33 anos de seu assassinato por parte dos jemeres vermelhos na Camboja, lembrou-se pela primeira vez em uma Eucaristia celebrada no Kbal Spean, perto da fronteira com Tailândia, o aniversário da morte do Dom Paul Tep-im Sotha, quem fora Prefeito Apostólico do Battambang.

Conforme informa Ucanews, Dom Sotha foi assassinado ao início "do regime de terror do Pol Pot (1975 - 1979) durante o qual em todo o país foram exterminados ao menos meio milhão de pessoas enviados a campos de trabalho forçado".

No Kbeal Spean, o falecido Prelado foi assassinado por um jemer vermelho. No lugar se encontra agora uma estrela com seu nome, em sua memória, e perto do lugar se levanta uma escola também com seu nome, graças ao trabalho de voluntários católicos.

Perto de 300 fiéis participaram da Eucaristia, ente eles Hnem Yard, quem foi colaborador do Dom Sotha e que explicou como o então Prefeito Apostólico de Battabang rechaçou a possibilidade de escapar a Tailândia porque queria ficar perto de seus fiéis e dos sacerdotes missionários.

Dom Paul Tep-im Sotha foi ordenado sacerdote em 1959, seu primeiro apostolado o exerceu na paróquia St Mary no Phnom Pehn. Foi designado Prefeito Apostólico do Battambang quando foi ereta esta prefeitura em 26 de setembro de 1968.

O atual Prefeito Delegado de Battambang, Pe. José Hildy Banaynal, comentou que o sacrifício de Dom Paul Tep-im Sotha, junto ao sangue de outros cristãos assassinados pelos jemeres vermelhos, é fermento para uma nova primavera religiosa na Camboja.

65 mil fiéis católicos viviam na Camboja em 1970. Depois da massacre liderada pelo Pol Pot, solo ficavam uns mil em 1979 quando o exército do Vietnam invadiu o país. Nenhum dos sacerdotes e as religiosas cambojanas sobreviveu ao extermínio dos jemeres vermelhos, enquanto que os sacerdotes missionários foram todos expulsos.