A Igreja católica no Reino Unido lamentou a decisão da Câmara dos Comuns de aprovar a controvertida proposta governamental para permitir a investigação científica com embriões “híbridos”, produto de combinar códigos genéticos de seres humanos e animais.
A proposta de autorizar embriões híbridos, que forma parte da controvertida “lei de Embriologia e Fertilidade Humana” –que inclui outras propostas anti-vida e anti-família- foi passada logo depois de um intenso debate, em que  336 representantes votaram a favor  e 176 em contra.
Além da questão dos híbridos, os deputados votaram nesta segunda-feira a favor da seleção de embriões com características genéticas específicas para criar “irmãos salvadores”, de cujos tecidos se obteriam células mãe que poderiam ajudar a curar a irmãos maiores com enfermidades genéticas.
Nesta terça-feira a Câmara debaterá outros dois temas da mesma lei: a legalização de tratamentos de fecundação assistida para casais de lésbicas, e uma emenda para reduzir de 24 a 20 semanas o prazo limite para abortar no Reino Unido.
A Igreja Católica em Grã-Bretanha publicou dias atrás um documento explicando as razões pelas que se opõe à investigação com embriões “híbridos” porque “é intrínsicamente imoral, viola os direitos humanos dos seres por nascer e pode dar lugar a monstruosas aberrações”.
Em abril passado, a universidade inglesa do Newcastle se converteu no primeiro centro do país em criar embriões humano-animais.  Os embriões criados a partir da injeção de material genético de humano em óvulos de vaca sobreviveram três dias.