A Conferência Episcopal Argentina (CEA) fez um chamado para que o Governo e os agricultores do país cheguem a um acordo e finalize assim à greve que este setor iniciou faz 11 dias em protesto pelo novo regime de impostos para produtos agrícolas.
Em um comunicado emitido hoje, a Comissão Executiva da CEA destacou que "diante da proximidade de 25 de Maio", quando se comemora o 198º aniversário da Revolução de 1810, "recordamos o afirmado por nossa Conferência Episcopal: 'a experiência nos ensinou que uma sociedade não cresce necessariamente quando o faz sua economia, mas sobre tudo quando amadurece em sua capacidade de diálogo e em sua habilidade para gerar consensos que se traduzam em políticas de Estado, que orientem para um projeto comum de Nação. Este segue sendo um forte desafio para nossa democracia'".
"Esta afirmação tem especial vigência nestes momentos de tensão em que se faz necessário e urgente que o governo e os agrupamentos representativos do campo cheguem a um acordo. O necessitamos todos os argentinos mas particularmente os pobres, que são os que mais sofrem as conseqüências desta situação", continuam os prelados.
Depois de afirmar que deve prevalecer "o diálogo por sobre toda amostra de violência verbal ou física, procurando mais as coincidências que a acentuação das diferenças e tendo sempre como horizonte o bem comum", os bispos ressaltaram que "esta busca deve dar-se em um clima de honestidade e respeito".
Esta é a segunda greve que este setor realiza contra o governo, em protesto pelo novo esquema de impostos no país, que estabeleceu uma maior taxa para distintos produtos, entre eles a soja que é o mais estendido no país. Segundo alguns meios o protesto poderia suspender-se hoje quando se reunirem os representantes deste grêmio.