O Arcebispo de La Plata, Dom Héctor Aguer, esclareceu que a Igreja Católica não se opõe à educação sexual nas escolas porém pede às autoridades propor programas de “educação para o amor, a castidade, o matrimônio e a família”.

“Corre a voz, freqüentemente, de que a Igreja está contra a educação sexual. Falso”, sustenta o Arcebispo e explica que só “nos opomos à transmissão na escola de uma noção da sexualidade humana que evita toda referência lhe fundem à natureza da pessoa e de seus atos e que se esgota em informação parcial e na recomendação da questionável segurança que brindam anticoncepcionais e preservativos”.

“Esta instrução incompleta, e ao mesmo tempo explícita, não leva em conta a dimensão afetiva e relacional, a necessidade da auto-disciplina e do respeito a valores objetivos; tal enfoque suporta o risco de estimular nos adolescentes o acesso prematuro e irresponsável à experiência sexual”, adverte.

Segundo Dom Aguer, “os fundamentos desta versão redutivista da educação se encontram na ideologia de gênero, na sociologia construtivista e nas idéias de Michel Foucault, segundo o qual a sexualidade teria sido confiscada pela família conjugal para absorvê-la na seriedade da função reprodutiva. O propósito implícito é, então, liberar os adolescentes argentinos desse ‘estereótipo cultural’. Com estas orientações só pode temer-se a destruição da família e a conseguinte ruína da sociedade”.

Do mesmo modo, advertiu que “nas últimas semanas cobrou notoriedade um projeto legislativo que propõe difundir nas escolas portenhas a esterilização cirúrgica”.

“A norma merece uma recriminação ética muito grave, já que promove uma mutilação contrária ao bem integral da pessoa: a perda da capacidade de gerar ou conceber”, precisa e lamenta que um grupo de deputadas do oficialismo tenha questionado a participação da Igreja no debate qualificando a de “eventual intromissão”.

“Chama a atenção esta inclinação totalitária das legisladoras, já que não só os bispos, mas também qualquer cidadão e no caso comentado os pais de família, têm o direito e o dever de solicitar e de empreender  toda gestão legítima para procurar que as leis que se ditem não contradigam a ordem moral”, precisa.