A Conferência do Episcopado Mexicano (CEM) fez um chamado à sociedade nacional a valorar o dom da maternidade, assim como proteger e promover às mães que trabalham.

Com motivo do Dia da Mãe que se celebrou 10 de maio no México, os bispos recordaram que sem desacreditar aos pais, "a mulher desempenha o papel mais importante ao começo da vida de todo ser humano. Em virtude da gravidez e do parto, está unida intimamente a seu filho, segue mais de perto todo seu desenvolvimento, é imediatamente responsável por seu crescimento, e participa mais intensamente em sua alegria, em sua dor e em seus riscos na vida".

"Para a maioria das mulheres, o papel de esposa e mãe é central em sua identidade, felicidade e vida. portanto, existem direitos naturais inerentes à maternidade, que devem ser reconhecidos e apoiados", asseguraram.

Do mesmo modo, pediram que "como sociedade devemos estar ao lado de cada mulher que espera um filho; devemos rodear de atenção particular a maternidade e o grande acontecimento da concepção e o nascimento do ser humano. É necessário redobrar esforços para que a dignidade desta vocação esplêndida não se destroce na vida interior das novas gerações; para que não diminua a autoridade da mulher-mãe na vida familiar, social e pública, na cultura, na educação, e em todos os campos da vida".

Os bispos lamentaram que alguns olhem "à maternidade como um limite para o desenvolvimento da mulher, uma restrição de sua liberdade e de seu desejo de ter e realizar outras atividades. Assim, muitas mulheres se sentem impulsionadas a renunciar à maternidade para poder dedicar-se a um trabalho profissional. Muitas, inclusive, reivindicam o direito a suprimir em si mesmas a vida de um filho mediante o aborto, como se o direito que têm sobre seu corpo implicasse um direito de propriedade sobre seu filho concebido".

"Urge valorar a maternidade como missão excelente das mulheres. A mulher é insubstituível no lar, a educação dos filhos e a transmissão da fé. Mas isto não exclui a necessidade de sua participação ativa na construção da sociedade. É necessária a elaboração de programas, leis e políticas públicas que permitam harmonizar a vida trabalhista da mulher com seus deveres de mãe de família", pediram.

Neste sentido, lembraram que "a verdadeira promoção da mulher exige que seja claramente reconhecido o valor de sua função materna e familiar em relação às demais funções públicas e às outras profissões".

"Convidamos aos católicos, aos homens e mulheres de boa vontade, a apoiar o valor da maternidade, para que a mulher siga sendo merecedora de amor e admiração. Devemos fazer o impossível para que os filhos, a família, a sociedade descubram nela a mesma dignidade que viu Cristo na mulher", concluíram.