BRUXELAS, 5 de mai de 2008 às 01:13
O Presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, Dom Claudio María Celli, assinalou a necessidade de refletir sobre como é comunicada a mensagem cristã e como é recebido pela gente através dos meios; para assim evitar maus entendidos.
Durante a recente Cume Européia da Comunicação, o Prelado expressou sua impressão de ver a "ideia negativa de que a religião seja associada ao conflito", quando em realidade uma fé amadurecida impulsiona ao fiel a estabelecer "relações de fraternidade universal entre os seres humanos".
Outra das distorções com respeito à religião, assinalou, é a tendência a apresentá-la em termos políticos.
A doutrina social católica, explicou, "não quer conferir à Igreja um poder sobre o Estado. Nem sequer quer impor a quem não compartilha a fé perspectivas e modos de comportamento que pertencem a esta".
Entretanto, esclareceu, isso não quer dizer "que a religião ou os fiéis não possam contribuir ao mundo da política", mas lembra-lhes "que devem ter respeito pela legítima autonomia da política".
Por isso, Dom Celli destacou a importância de "ter uma clara compreensão do que queremos dizer sobre as organizações e dos valores que representamos", assim como "ter uma adequada compreensão de como nossas organizações ou nossos valores são vistos pelos outros e como são apresentados pelos meios".
"Nossos esforços por comunicar não serão eficazes se não confrontarmos também os mau-entendidos e as percepções presentes na mentalidade daqueles a quem queremos nos dirigir", explicou.
Do mesmo modo, indicou que a preocupação da Igreja é pela comunicação "não consiste em dar um enfoque especial senão descobrir e comunicar a verdade".