Em uma eloqüente mensagem, o Arcebispo de Corrientes, Dom. Domingo Castagna, advertiu que em alguns países tradicionalmente católicos  -como a Espanha ou México-  existe “uma franca e desumana campanha de descristianização”.

O Prelado expressou seu desejo de que não ocorra o mesmo na Argentina onde ainda se vê “a íntima fé católica de inumeráveis cidadãos argentinos”, mas advertiu que só basta que “o relativismo e a incredulidade de alguns domine o poder para que se sancionem leis e normas jurídicas contrárias às crenças de 80 por cento ou 90 por cento da cidadania”.

De acordo ao Dom. Castagna, “fala-se com grandiloqüência do respeito pelo pluralismo mas não se fala com a mesma ênfase do respeito pela fé da maioria. Em virtude da não discriminação se discrimina à maioria, obrigando-a a aceitar um  sistema negador de sua fé e de sua moral”.

O Arcebispo prognosticou que “os sistemas de base ideológica se aprontam a apresentar a mesma batalha anti-religiosa. À verdade religiosa lhe negam todos os direitos para outorgar-lhe a concepções antropológicas que a negam”.

Neste sentido,  recordou às autoridades que “lhes corresponde servir à unidade sendo respeitosa da diversidade” e esforçar-se porque “ninguém se sinta substancialmente estranho em uma sociedade ordenada”.

Dom Castagna sustentou que certa legislação que aparece como “progressista” o que pretende em realidade é “uma verdadeira erosão da constitucionalidade” e a confusão dos ideólogos de volta é produto do “desconhecimento dos valores fundantes da nação”.