O Arcebispo de Nova Iorque, Cardeal Edward Egan, repreendeu publicamente ao ex-prefeito nova-iorquino, Rudolph Giuliani, por comungar na Missa presidida pelo Papa Bento XVI apesar de seu conhecido abortismo.

Perante a polêmica causada por Giuliani, o Cardeal publicou uma declaração em que lembra que o político sabe que a Igreja considera um grave sacrilégio que uma pessoa que promove o aborto receba a Eucaristia.

A Arquidiocese informou à agência LifeSiteNews.com que a declaração se fez pública porque o fato "converteu-se em um assunto público".

"A Igreja Católica ensina claramente que o aborto é uma ofensa grave contra a vontade de Deus. Ao longo de meus anos como Arcebispo de Nova Iorque, repeti este ensinamento em sermões, artigos, discursos e entrevistas", declarou o Cardeal.

"Lamento profundamente que o Sr. Giuliani recebesse a Eucaristia durante a visita papal e espero poder me reunir com ele" para tratar o tema, indicou.

Em declarações à imprensa, depois do anúncio do Cardeal Egan, Giuliani argüiu que sua fé "é um assunto profundamente pessoal e deveria ser confidencial".

Por sua parte, o Padre Frank Pavone, diretor nacional de Sacerdotes pela Vida, respondeu que "a fé católica não trata simplesmente da relação privada e confidencial de uma pessoa com Deus. É pública, como se evidencia no fato de que o Sr. Giuliani recebeu a comunhão em público. O apoio do Sr. Giuliani ao aborto legal também é público. Por isso, os comentários do Cardeal Egan são totalmente apropriados".