A Igreja Católica no Uruguai junto a seis grupos cristãos mais enviaram uma carta ao Presidente da República, Tabaré Vázquez, para lhe manifestar seu apoio ao veto que ofereceu para uma lei que inclui a despenalização do aborto no país.

Na recente missiva, os líderes cristãos afirmam que "a assim chamada 'lei de saúde reprodutiva', não só resultaria anticonstitucional mas também contradiria o irrenunciável principio ético de defesa da vida".

Depois de precisar que "não se pode proteger o verdadeiro bem da mulher sem proteger o de seu filho, como assim também, não se pode proteger o bem do filho prescindindo do de sua mãe", propõem uma alternativa: a "lei de proteção às mulheres grávidas".

Logo de sugerir que se reduza "até o mínimo a penalização da mulher que consente a abortar, já que ela carece da condição fundamental do 'livre-arbítrio'", solicitam que sim se aplique "uma penalização especialmente agravada a quem colabore diretamente ou indiretamente ao aborto, também com a venda de produtos abortivos".

Deste modo sugerem "criar e/ou potencializar centros de apoio à mulher grávida, onde equipes integradas por profissionais de diferentes especializações brindem à mãe a ajuda necessária para levar a feliz término sua gravidez".

Do mesmo modo pedem "reformar e agilizar a regulamentação da adoção de crianças recém-nascidas, sabendo que também em nosso meio existem muitas famílias bem constituídas que desejariam e poderiam recebê-los em seus lares".

"Por último, mas não menos importante, sugerimos também a promoção da assim chamada 'adoção à distância', com intervenções também econômicas do Estado para favorecer a dita instituição, que nos parece exemplar", dizem os líderes cristãos.

"De fato a 'adoção à distância' coordenada por algumas ONG permite evitar o desarraigo da criança de sua família natural, proporcionando a seus pais o apoio econômico necessário para superar as dificuldades que muitas vezes são as que os levam a recorrer à adoção", finaliza a missiva.

Além da Igreja Católica, a carta está assinada por representantes da Igreja Grega Ortodoxa, a igreja Anglicana, a igreja Apostólica Armênia, a igreja Batista, a igreja Menonita; e a igreja Pentecostal Nascente.