O congressista republicano Chris Smith introduziu um projeto de lei para proibir a criação de seres híbridos humano animais nos Estados Unidos, para evitar os experimentos que já foram autorizados na Grã-Bretanha.

O tema uniu a grupos pró-vida e ambientalistas. Segundo peritos, o mundo experimentou um incremento das infecções que emergem das populações animais e ameaçam aos humanos. Os híbridos representam uma oportunidade ótima para a transferência genética que poderia aumentar o risco de contágio de enfermidades como a gripe aviar e o síndrome da vaca louca.

A inícios de abril, o jornal inglês The Times informou que já se realizou na Inglaterra o primeiro experimento para obter embriões híbridos humano-animais. Cientistas da Universidade de Newcastle produziram embriões introduzindo DNA humano em óvulos de vaca.

Os chamados embriões "híbridos citoplásmicos" são o resultado de introduzir o núcleo de uma célula humana em um óvulo animal ao que previamente foi lhe extraido seu próprio núcleo, onde se encontra a maior parte do material genético. O material genético no embrião resultante é 99,9 por cento humano e 0,1 por cento animal.

A equipe de cientistas, liderado por Lyle Armstrong, recebeu em janeiro passado uma das duas primeiras licenças outorgadas no país para este tipo de experimentos. Entretanto, o tema dos híbridos segue em debate. A Câmara dos Comuns debaterá o Projeto de lei sobre Fertilização Humana e Embriologia em maio próximo.

A cadeia BBC informou que os embriões de Newcastle viveram três dias, e o major se desenvolveu até conter 32 células.

Os investigadores pretendem obter que os embriões vivam uns seis dias e extrair células mãe embrionárias para as usar em investigações.