A organização abortista autonomeada Católicas pelo Direito a Decidir (CDD) junto a outros grupos feministas, solicitaram ao Europarlamento que "alente" aos países latino-americanos a despenalizar o aborto.

Os parlamentares europeus se reuniram em Bruxelas para debater sobre o aborto durante um encontro titulado "Os direitos das mulheres na saúde reprodutiva na América Latina", organizado pelo grupo parlamentar de esquerda GUE/NLG da Eurocámara, que reuniu a eurodiputados e representantes de ONG européias e latino-americanas, conforme informou AFP.

Na entrevista, a representante das CDD, Elfriede Harth, insistiu aos europarlamentares a "alentar aos governos da América Latina a resistir a pressão do Vaticano e atuar no interesse de seus cidadãos, colocando as questões de saúde e direitos humanos em primeiro lugar"; e pediu colocar "a saúde e os direitos sexuais e reprodutivos na América Latina na agenda do Europarlamento".

AFP adicionou que Harth assinalou "a ‘dívida’ que tem a Europa com o Novo Mundo pela utilização da religião para impor-se às populações locais".

Por sua parte, Emma Ortega, equatoriana que representa o Comitê Regional Federação Democrática Internacional de Mulheres, recorreu ao conhecido argumento dos abortos clandestinos para reclamar mais políticas de "educação sexual e de planejamento" e os "métodos anticoncepcionais" na América Latina.

Os abortistas criticaram duramente a Nicarágua por ter proibido todo tipo de aborto no ano 2006 e elogiaram ao Distrito Federal do México por permiti-lo desde ano passado.