O Presidente da Conferência Episcopal Chilena (CECH), Dom Alejandro Goic, expressou que "não posso eu estar só de acordo quando a sentença é em um determinado julgamento. Tenho direito a me expressar, mas tenho que respeitar a institucionalidade do país", depois da decisão do Tribunal Constitucional de proibir a distribuição da pílula do dia seguinte (PDS).

Sem entrar em comentar em detalhe a resolução, o Bispo de Rancagua questionou as críticas ao trabalho do TC, e defendeu o atuar deste tribunal em tanto é uma instituição da República; durante a inauguração do ano acadêmico na Universidade Alberto Hurtado, onde ditou uma classe magistral sobre a justiça social e o salário ético.

O Prelado precisou que a CECH dará sua opinião sobre a pílula do dia seguinte uma vez que o Tribunal Constitucional dê a conhecer os detalhes da votação e o íntegra do mesmo que deve emitir-se em 22 de abril. "Esperemos as sentenças, estudemo-las em seu mérito e aí veremos o que se pode fazer", assinalou.

Deste modo relacionou esta sentença com o da acusação constitucional contra a Ministra de Educação, Yasna Provoste. "Parece-me incrível o debate artificial que se armou sobre algo que está dentro da legitimidade, dentro de um país, ir aos tribunais ou ir aos poderes institucionais, respeitemos profundamente a institucionalidade que tanto nos custou recuperar", sublinhou o Bispo.

O Prelado chileno disse logo que os políticos "têm que ser inteligentes", já que, "os países, sem uma classe política, vão ao descalabro, mas cuidado, cuidemos as instituições".