Os legisladores do partido de governo Flamencos Liberais e Democratas (VLD) da Bélgica impulsionaram a discussão sobre a lei de eutanásia no Parlamento belga para que se permita a "menores de idade com enfermidades incuráveis e pessoas com demência senil" poder "terminar com sua vida voluntariamente se esse for seu desejo".

"Não deixaremos o debate ético tal como está durante quatro anos", afirmou o chefe do VLD, Bart Tommelein e adicionou que por todos os meios procurassem a maioria para que se aprove a eutanásia em menores de idade e que se for necessário farão alianças com os conservadores e os socialistas francofalantes, conforme informaram alguns meios belgas.

O debate pela legitimidade moral da eutanásia cobrou impulso depois da morte por este meio do escritor belga Hugo Claus, quem padecia de Alzheimer, ato que foi aplaudido pelo companheiro de partido de Tommelein, Herman De Croo.

"Hugo Claus não queria dar uma imagem de morto em vida. Entendo seu gesto", indicou De Croo ao jornal Le Soir.

Por sua parte o Arcebispo de Bruxelas-Mechelen, Dom Godfried Danneels lamentou a abertura do debate sobre a eutanásia e indicou que "esquivar à morte não é um fato heróico".

A eutanásia foi passada na Bélgica em 2002 e em 2007 a associação Direito a uma morte digna contabilizou 495 casos de eutanásia.