O Arcebispo de Toledo e Primado da Espanha, Cardeal Antonio Cañizares Llovera, afirmou que embora nestes momentos a luta pela defesa da vida é dura, nos anos vindouros o será ainda mais, "com normativas ou formas de atuar que favorecem o aborto, a eutanásia e a investigação com embriões".

Durante a Missa pela Ressurreição de Cristo, o Cardeal recordou aos fiéis seu dever de cooperar na vida social e de combater "a marca do terrorismo, singularmente na Espanha, o terrorismo do ETA".

Os cristãos, indicou, estão "urgidos a colaborar na defesa e proclamação do bem do conjunto dos cidadãos, respeitando os direitos humanos fundamentais, não criados por nós, (e) favorecendo o exercício responsável pela liberdade". Lembrou que os direitos humanos provêm de Deus e que "a fé confirma a razão, a razão com maiúsculas, não a razão diminuída e plana do pensamento débil".

O Cardeal também afirmou que existe ainda sede de Deus e que "a fé na ressurreição nos leva a apreender e fazer compreensível o sim de Deus ao homem (...), sua sim portanto à verdade da razão e a uma ética racional".

"Se não falarmos de Deus, se não damos testemunho de Deus em tudo, ficaremos sempre em coisas mundanas", advertiu.