O Arcebispo de Lima, Cardeal Juan Luis Cipriani lembrou aos fiéis de Limal que "a Paixão é uma cátedra" que deve ser lida e meditada "para que esta Semana Santa cada um de nós comece uma nova vida".

Perante os milhares de fiéis que assistiram a Missa no Domingo de Ramos na Catedral de Lima, o Arcebispo recordou que "a gente quer fazer deste mundo o paraíso e quando os convidam a percorrer o caminho da Cruz, do sacrifício, do cumprimento do dever, da confissão, de viver bem os mandamentos, de proteger o matrimônio e a família, quando o conduzem por esse caminho, tanta gente começa a abandonar dizendo: ‘é muito difícil ou não concordo’".

"É Deus que me dá a fé, mas a humildade tenho que colocá-la eu. A humildade tem muitas maneiras de examinar-se como por exemplo Amas a verdade? A verdade de seu comportamento, de seus pecados ou de suas culpas? Se a esconder, não é humilde. Respeitas aos outros ou sempre tens a razão? Se constantemente estas te impondo sobre os outros, não tens humildade", advertiu.

Lembrou que a humildade leva a pedir perdão pelos pecados, "reconhece-os, arrepende-te e aproxima-te da confissão. A gente pensa que a Paixão é um fato que recordamos, que é passado. Não! A Paixão é Hoje".

Defesa da família

Um dia antes, em seu programa radial "Diálogo de Fé", o Cardeal Cipriani lamentou a aprovação da lei de divórcio rápido que contempla agilizar as separações legais nos cartórios e municípios do país.

Para o Cardeal, a polêmica norma não é apenas "uma precipitação, foi uma solução burocrática e que vai gerar um problema maior, porque é um estímulo para mais divórcios, para mais rupturas matrimoniais, para maiores sofrimentos e maior mau trato à sociedade".

"Sem um matrimônio sólido, não há uma sociedade sólida" e advertiu que não se pode destruir "a célula fundamental donde saímos todos".

"Para a aprovação desta lei primou um engano muito grande e é pensar simplesmente que se deve estudar a funcionalidade; quer dizer, que não haja ‘entupimentos’, procurar a diminuição da carga processual, que os juizes têm muito trabalho ou a maioria de divórcios são de mútuo consenso", questionou.