O Presidente do Instituto de Política Familiar (IPF), Eduardo Hertfelder, assegurou que a família espanhola “sofreu um grave retrocesso” pelas leis ditadas pelo Governo anterior e “corre o risco de seguir o mesmo caminho” se é que o novo não a situa “como um de seus eixos”.

Em uma recente análise do programa eleitoral do PSOE, Hertfelder indica que devido “à ausência de ajudas reais e efetivas à família e ao abandono político”, a “explosão da ruptura familiar, a queda da nupcialidade, a descida da natalidade, o esvaziamento dos lares”; se agravaram.

O Estado “tem o dever de saldar a dívida histórica que tem com a família” espanhola. É urgente “que o novo Governo corrija este tremendo engano e dedique um especial esforço nos próximos quatro anos a apoiar à família” pois “seus graves problemas demandam uma prioridade que não admite mais atrasos”, assinala.

Do mesmo modo, o Presidente do IPF afirma que essa análise mostra um “panorama desolador para a família” pois “a próxima legislatura já que não contempla nem organismo de família, nem leis ou planos de apoio de família nem medidas concretas que ajudem a resolver a problemática familiar”, porém “mantém um organismo de terceira categoria para a família (Subdireção Geral) e se esquece, inclusive, de seu anterior compromisso eleitoral de elevá-lo a nível de Secretaria de Estado”.

Com isto “a Espanha seguirá aparecendo como o último país da Europa em apoiar à família” apesar de que o Senado aprovou na anterior legislatura (fevereiro de 2006) uma moção para que o governo convergisse em política familiar com a UE”, assevera o líder pró-família.

Outro problema sem resolver é a ruptura familiar que embora “se agravou dramaticamente nesta legislatura” e se acentúa “segundo todos os peritos com a lei do ‘divorcio-express’", é ignorado "pelo programa eleitoral"; esquecendo-se assim de seu compromisso de brindar “apoio aos matrimônios em crise”, assegura Hertfelder.

“Com este panorama, a ruptura familiar seguirá crescendo e se chegará nesta legislatura a que em um mesmo ano se produzam tantos matrimônios como rupturas”, indica Hertfelder.

“Se a legislatura 2004-08 foi a mais negativa da democracia para a família na Espanha, não podemos nos permitir o ‘luxo’ de repetir este fato”, conclui o Presidente do IPF.