A crise dos abortos seletivos de meninas na Índia chegou a tal ponto, que agora o governo está oferecendo um incentivo econômico de três mil dólares para que não abortem suas filhas e lhes permitam nascer.

Conforme indica o jornal britânico The Lancet, dez milhões de bebês foram abortadas nos últimos 20 anos devido ao aborto seletivo na Índia, aonde esta prática infanticida é legal.

De acordo às estatísticas, 927 meninas nascem por cada mil meninos. Em Punjab, um dos lugares onde há maior prosperidade econômica e onde por isso é mais simples o acesso ao ultra-som, a cifra de meninas por cada mil meninos chega a 793.

O site pró-vida LifeSiteNews.com, explica que o dinheiro dedicado às famílias pobres para não abortar às meninas exige que estas sejam imunizadas, que recebam educação e evitem casar-se até os 18 anos, momento no que se pagarão dois mil e 500 dos três mil dólares. As autoridades estimam que com este meio se salvarão umas cem mil bebês.

Na Índia, informa LifeSiteNews, um menino se forma nas famílias como um benefício, enquanto que uma menina é recebida como uma perda. As razões disto estariam na perspectiva que vê aos filhos como pessoas que têm mais probabilidades de ganhar dinheiro e de cuidar de seus pais quando forem anciões; enquanto que as meninas deixam a suas famílias para casar-se e devem ir-se com uma boa dote para completar o processo.