Em declarações ao jornal IL Messaggero, o sacerdote espanhol e subsecretário do Pontifício Conselho para a Cultura, Dom Melchor Sánchez de Toca, expressou seu desejo de que o Governo da Espanha "trabalhe para devolver a serenidade" às relações com a Igreja.

Depois do triunfo do PSOE, o sacerdote considerou que o primeiro governo do José Luis Rodríguez Zapatero esteve marcado por um tom "excessivamente duro" nas relações bilaterais e Zapatero "incidiu sobre questões sensíveis aos olhos de um setor amplíssimo da população".

Em alusão aos ataques contra a Igreja pela nota dos bispos espanhóis sobre as eleições na Espanha, o perito assinalou que "o enfrentamento foi muito áspero, o tom excessivo. Agora se deve acontecer página pelo bem comum", e reiterou que os bispos espanhóis "não disse nunca por quem votar, só ofereceram uma reflexão".

"É óbvio que não todos os programas eleitorais podem ser compatíveis com a doutrina da Igreja", afirmou e recordou que os bispos espanhóis se referiram os princípios não negociáveis que defende o Papa e que recolhem os bispos de todo o mundo, com a diferença de que "na Espanha houve uma resposta desproporcionada por parte do Governo".