O Escritório de Imprensa da Conferência Episcopal Boliviana (CEB), rechaçou os últimos acontecimentos violentos, como os linchamentos e o cerco do Congresso, qualificando-os como "uma ameaça séria aos fundamentos da democracia e a vida institucional do país".

"A Igreja Católica pede aos responsáveis pela condução do país e aos líderes sociais a preservar o valor da vida, as liberdades pessoais e a cultura democrática do nosso povo. Deve-se deixar de lado, vier de onde vier, a instrumentalização de grupos sociais para impor pela força visões e projetos políticos setoriais", expressou através de um comunicado.

Nesse sentido, reafirmou o respaldo da Igreja "às regras democráticas e ao estado de direito", por isso exigiram "aos protagonistas do afazer político social" a optar pelo diálogo, assim como pelo "respeito à vida e dos direitos e liberdades pessoais".

Do mesmo modo, convidaram aos bolivianos a "reanimar sua fé e a orar fervorosamente para que se recuperem a serenidade, a consciência responsável pelo serviço ao bem comum e o respeito e tolerância".

No final da semana passada, o Movimento ao Socialismo, do Presidente Evo Morales, aprovou a convocatória de dois referendos para validar seu projeto constitucional. A sessão se desenvolveu em meio de protestos da oposição e com a ausência de vários deputados que não conseguiram ingressar no Palácio Legislativo por este ter sido cercado por centenas de camponeses, indígenas e mineiros.