Uma equipe de investigadores da Universidade de Califórnia anunciou que conseguiu reprogramar células humanas da pele para as converter em unidades biológicas com as mesmas propriedades das células tronco embrionárias.

 

Segundo a revista Proceedings of the National Academy of Sciences, os cientistas confirmaram os dois estudos anunciados em novembro passado pelos investigadores Shinya Yamanaka, da Universidade do Kioto (Japão), e James Thompson, da Universidade de Wisconsin.

 

Os cientistas, liderados pelos neurologistas Kathrin Plath e William Lowry, mediante quatro reguladores aplicaram a alteração genética "para reverter o relógio" das células dérmicas e criar unidades virtualmente iguais às células trônco embrionárias.

 

Os reguladores ativam ou desativam os gens e com isso as células resultantes não só foram funcionalmente idênticas às pluripotentes senão que também tiveram uma estrutura biológica idêntica expressa em gens que podiam dar origem a células tronco embrionárias, assinalaram.

 

Segundo os cientistas da Universidade da Califórnia, com a conversão das células da pele em células tronco se poderia gerar uma fonte inesgotável de células diferenciáveis.

 

"Nossas células dérmicas reprogramadas foram virtualmente iguais às células tronco embrionárias", indicou Plath e considerou que os resultados desta investigação "são um importante passo para a manipulação de células humanas diferenciadas com o objetivo de gerar uma quantidade ilimitada de células pluripotentes e específicas para um paciente".

 

Estas novas técnicas para desenvolver células tronco poderiam substituir os meios polêmicos para reprogramar as células, como a chamada clonagem terapêutica ou a destruição de embriões engendrados com este fim.