O presidente da Comissão Européia, o português José Manuel Barroso confirmou sua confiança em “toda a equipe de comissionados designados” nesta terça-feira, logo que a Comissão de Direitos Civis do Parlamento Europeu tratasse de  rejeitar a candidatura do candidato católico italiano Rocco Buttiglione.

A Comissão, em uma ação incomum, tinha decidido na segunda-feira realizar uma “votação” –que não lhe corresponde- sobre a idoneidade individual de Buttiglione, um intelectual católico amigo do Papa João Paulo II que despertou as iras da esquerda e as liberais ao declarar que sua fé considerava os atos homossexuais como um pecado, e que não tomaria nenhuma decisão política ou legal que colidisse com seus princípios.

“O Senhor Barroso mantém sua confiança em toda a equipe, que é obvio inclui o Senhor Buttiglione,” disse Pia Ahrenkilde Hansen, porta-voz da equipe de transição.

O Parlamento Europeu não tem o poder de vetar a comissionados individuais e somente pode rechaçar a todo o comitê do Presidente entrante.

Barroso submeterá sua equipe a votação em 27 de outubro e assumirá a liderança da UE  em 1 de novembro.

Hans-Gert Poettering, líder do grupo mais numeroso do Parlamento Europeu, o Partido Popular Europeu, expressou seu apoio a Buttiglione  e ameaçou implicitamente cobrando vingança com os candidatos esquerdistas se seguia a pressão para derrubar a candidatura de Buttiglione.

Logo depois de várias negociações, Poettering anunciou que “na avaliação final do parlamento, decidiu-se que outros candidatos à Comissão Européia que foram considerados problemáticos –falando de dois candidatos esquerdistas questionados-  serão incluídos”;  demonstrando assim tinha conseguido sossegar aos críticos de Buttiglione.