Em um serviço inter-religioso pela paz realizado ontem nesta cidade, o Observador Permanente da Santa Sé perante a ONU, Dom Silvano Tomasi, alentou o trabalho que a inteira comunidade internacional deve realizar pela paz no mundo, entendendo-se cada pessoa como parte da "única família humana".

 

Em seu discurso, o Núncio Apostólico destacou que no Sermão da Montanha, Jesus faz eco das "profundas aspirações que todas as religiões e sistemas têm pela paz dentro da família humana". "Nosso papel de fazedores da paz se reafirma nesta ocasião quando nos reunimos para a oração e a reflexão deste tema alentados pela Mensagem anual para a celebração da Jornada Mundial da Paz que Sua Santidade o Papa Bento XVI centrou este ano no tema: A Família Humana, uma Comunidade de Paz", prosseguiu.

 

Depois de recordar que nesta mensagem o Santo Padre ressalta a necessidade de uma economia "capaz de responder efetivamente aos requerimentos do bem comum", para as famílias, o Arcebispo indicou que "um estado de paz real vai vencer a violência para incluir as condições que favoreçam as causas desta".

 

Logo depois de comentar as distintas iniciativas que a comunidade internacional lançou para o trabalho pela paz, Dom Tomasi precisou que, embora exista "uma convergência nos objetivos das sociedades civis e religiosas dado os benefícios de paz para todas as pessoas sem distinção", ainda persiste "um conflito de interesses" que unido aos "métodos adotados para alcançar a paz fazem que os acordos não se possam alcançar na prática. Obter a paz através da paz se converte assim em um desafio, um tarefa que requer da ajuda da graça".

 

Depois de recordar que o Pontífice alentou a todos a ter uma maior consciência de pertença à "única família humana", o Núncio declarou que "em tempos de falta de vontade política e de complexos problemas aonde parecem existir obstáculos invencíveis, podemos implorar de Deus a força necessária. Pois finalmente, a paz é um dom de De