Os embaixadores da Espanha, França e Suíça na Colômbia se reuniram nesta quarta-feira com um grupo de bispos que participam da Assembléia Ordinária da Conferência Episcopal Colombiana com o fim de estudar os caminhos para obter a liberação de reféns seqüestrados pelas FARC.

 

Os participantes na reunião não declararam à imprensa em relação ao conversado, mas o Arcebispo de Bogotá, Cardeal Pedro Rubiano Saenz, elogiou a disponibilidade dos embaixadores, "que sempre estão dispostos a colaborar de maneira especial em tudo o que for para avançar em um acordo de paz, em uma pacificação do país".

 

É o primeiro encontro entre os delegados europeus e a Igreja logo depois de que em 19 de janeiro o presidente colombiano, Álvaro Uribe, reativou a mediação da Espanha, França e Suíça para o intercâmbio humanitário.

 

Dom Fabián Marulanda, Secretário Geral da Conferência Episcopal Colombiana, disse por sua parte que a Igreja confia em reunir-se logo com representantes das FARC para concretizar a até agora esquiva reunião entre a organização guerrilheira marxista e o governo para acordar os termos de uma troca.

 

"Esperamos procurar princípios de acordo, primeiro para definir o lugar onde vão se reunir a dialogar, ou seja uma zona de encontro, e em segundo lugar para definir condições, se forem entregar a todos (os reféns) ou por partes, e em troca de que prisioneiros", assinalou.

 

A Conferência Episcopal Colombiana tem proposto o estabelecimento de uma zona de encontro de 150 quilômetros quadrados, já aceita em dezembro por Uribe, para negociar lá sobre a sorte dos reféns em poder da guerrilha.

 

Até agora, a posição das FARC foi a de liberar 43 reféns por cerca de 500 terroristas presos, e exigem a desmilitarização de um território de 800 quilômetros quadrados perto de Cali, a terceira cidade colombiana.