O Arcebispo de Bogotá (Colômbia), Cardeal Pedro Rubiano Sáenz, assinalou esta semana que espera que a recente condena por parte de um tribunal dos Estados Unidos do terrorista das FARC, Ricardo Palmera, não afete o intercâmbio humanitário que a Igreja está tratando de obter com a guerrilha colombiana.

 

O juiz Royce Lamberth, da Corte Federal do Distrito de Columbia, condenou na segunda-feira a 60 anos de cárcere a Palmera, de apelido "Simón Trindade", pelo seqüestro de três americanos que se encontram em mãos das FARC faz cinco anos.

 

Na alegação por escrito, rejeitada pelo juiz, o guerrilheiro negou estar relacionado com o seqüestro e assinalou que "é meu sincero desejo que Thomas Howes, Marc Gonsalves e Keith Stansell retornem à brevidade, vivos e sadios até suas casas, junto a seus seres queridos".

 

Os três americanos seqüestrados se encontravam a bordo de um avião do Comando Sul derrubado pela guerrilha marxista em 13 de fevereiro de 2003.

 

O juiz considerou a toma de reféns americanos pelas FARC "um ato de terrorismo" e assegurou que tal delito é penalizado nos Estados Unidos com cadeia perpétua, embora não a impôs pelas exigências da Colômbia, onde tal pena não existe.

 

O Cardeal Rubiano assinalou que "o problema são as FARC, que devem depor as armas e devolver a todos os seqüestrados", e reiterou que a Igreja na Colômbia segue se esforçando por obter um acordo humanitário.

 

Os bispos da Colômbia se encontram esta semana em Assembléia Geral, e se espera que ao concluir, emitam um comunicado referido à liberação dos reféns que se encontram seqüestrados pela guerrilha marxista.