Em uma carta dirigida à opinião pública, o Arcebispo de Concepcion, Dom Ricardo Ezzati reclamou ao grupo de militantes mapuches que tomaram a Catedral em ato de protesto, ter respeito pelo direito dos fiéis a celebrar a Missa na Igreja matriz da Arquidiocese.

 

No comunicado, Dom Ezzati recordou que tanto ele, "os Bispos da Província Eclesiástica de Concepcion, em cada uma de suas Dioceses e em seu conjunto, e o mesmo Comitê Permanente do Episcopado chileno, encabeçado por seu Presidente, não cessaram que oferecer oportunos espaços de diálogo e de propor pistas de entendimento, com o fim de contribuir à solução pacífica e justa do conflito em curso".

 

"Sempre acolhemos e escutamos com respeito e interesse às pessoas, procurando lhes oferecer nossa melhor disposição e de interpor nossa autoridade moral para aproximar as partes", adiciona o comunicado.

 

Entretanto, o diálogo "viu-se dificultado e obstaculizado pela ação irresponsável de um minúsculo grupo de pessoas, em sua maioria não pertencente ao Povo Mapuche que, em duas ocasiões, ocupou a Igreja Catedral e a Paróquia de Cañete e, na noite de Natal, interrompeu, sem respeito algum, a Celebração da Santa Missa, oficiada pelo Arcebispo, em um dia tão sagrado para os cristãos".

 

"Também nesta nova e lamentável ocupação do Templo Catedral –assinala o Arcebispado– atuamos com atenção e respeito para as pessoas envolvidas, esperando que o bom sentido e prudência as levassem a desistir de um ato tão injusto, que lesa o legítimo direito de muitos fiéis católicos da cidade e lhes impede de participar da celebração dos divinos mistérios".

 

Por isso, "tendo em conta o direito dos fiéis à Eucaristia dominical, e considerando que este direito se vê gravemente transgredido por quem ocupa a Catedral, depois de ter solicitado o abandono voluntário de quem a ocupa, vimo-nos na obrigação moral de solicitar a intervenção" das forças policiais, assinala o comunicado.