O Cardeal Norberto Rivera Carrera, Arcebispo Primado do México, assinalou que a Igreja apóia uma política em que os "ministros eclesiásticos que cometam delitos sexuais sejam castigados severamente pelas leis eclesiásticas e civis".

 

Em uma mensagem enviada ao Simpósio sobre delitos imputáveis a clérigos organizado pela Universidade Pontifícia do México (UPM), o Cardeal assinalou que "é muito conveniente que esta matéria, especialmente delicada pelas repercussões que tem, não só em relação com a disciplina interna da Igreja, mas pelas conseqüências que de algumas destas condutas se derivam diante da autoridade civil, sejam matéria de estudo sereno, desapaixonado e com altura acadêmica".

 

"É necessário que neste assunto se tenham conhecimentos precisos sobre os delitos que possam ser objeto de sanção, a competência das autoridades eclesiásticas e as conseqüências que estes atos puníveis possam ter em relação com todo o povo de Deus", adicionou.

 

O Cardeal Rivera sublinhou que os envolvidos em delitos sexuais "devem ser castigados com maior severidade, pois não podem ficar impunes quem cometa esse tipo de atos que afetam não só à vítima, mas às suas famílias e à Igreja".

 

Por sua parte, o Reitor da Universidade Pontifícia do México, Alfonso Vargas Alonso, assinalou que "a UPM abre suas portas aos investigadores, canonistas, docentes, advogados e público interessado sobre o tema para que possam escutar esta série de conferências que têm por objeto, aprofundar sobre um problema atual muito sentido em nossa sociedade".

 

"Com isso, a Universidade Pontifícia responde a sua natureza de ser investigadora da verdade. Nossa universidade, em comunhão com nossos bispos, já que é da Conferência do Episcopado Mexicano, sendo fiel ao magistério da Igreja se lança ao campo da investigação científica e põe neste simpósio, a reflexão clara e serena de peritos que indagaram sobre o tema".

 

Por sua parte, o Decano da faculdade de Direito Canônico, Mario Medina Balam, esclareceu que o interesse da Faculdade não é o do escândalo. "A faculdade, existe e desenvolve sua missão na Igreja; portanto não é alheia à vida da Igreja, por sua parte, a Igreja, como instituição, é um componente a mais da sociedade mexicana, e seus membros também são cidadãos deste país", explicou.