A Fundação Argentina para a Mulher (FUAM) deu a conhecer recentemente o pronunciamento que enviou à Legislatura de Buenos Aires com ocasião de um projeto de lei de “Educação Sexual Integral” em que assinala que “é um mito que em nosso país não se ministra educação sexual”.

Segundo a FUAM, uma “educação sexual” como a que pretende a lei já existe, porque uma lei prévia chamada de ‘Procriação Responsável’ “teve como conseqüência justamente o aumento dos índices de gravidezes adolescentes atuais”.

“E informalmente, através de todos os meios de comunicação se bombardeia os jovens com informação explícita e estimulante, que parece desenhada pelos grandes laboratórios anticoncepcionais para impor seus produtos”, adiciona.

“Como pais e cidadãos –diz a FUAM- exigimos a justa aplicação do princípio da subsidiariedade, pela qual as entidades superiores ajudam às inferiores sem intervir em sua vida interna e sem suplantar sua competência”.

“A escola deve respeitar o direito dos pais como primeiros educadores dos filhos, o governo deve respeitar a todas as instituições começando pela família e analogamente os comitês das Nações Unidas devem respeitar a soberania e a livre determinação dos países, não impondo programas e políticas em seus assuntos internos”, adiciona o pronunciamento.

A organização também qualificou de “incongruente” a atitude do governo de “rasgar as vestimentas” frente ao aumento nas estatísticas da gravidez adolescente, “quando são os próprios organismos oficiais, permissivos e cúmplices ao não controlar os meios de comunicação, que expõe até crianças a uma erotização sem trégua e freio”.

“Como exemplo –continua a FUAM- podemos tomar a atitude do próprio ministro da Saúde que convida e estimula à prematuridade sexual distribuindo preservativos nos parques no Dia do Estudante”.

 A FUAM assinala que “A chamada ‘educação sexual’ é o início de um círculo vicioso: Informa sobre o ‘sexo seguro’ distribuindo  preservativos. Deste modo aumentam os contatos sexuais adolescentes ocasionais -sexo por esporte- e por lógica, de quem justamente ‘adoece’ de critérios formados, vêem-se envolvidos em uma armadilha, aumentam as gravidezes ‘não planejadas’ dando lugar aos abortos, à morte de adolescentes por aborto, ao mesmo  tempo em que se cria consciência de que é a ‘ilegalidade’ a causa das mortes maternas, chegando assim ao objetivo proposto: a legalização do aborto como medida ‘profilaxia’ frente à ‘emergência sanitária’”.

“Não é justo hipotecar o normal desenvolvimento das crianças pelo avanço da agenda política de uma minoria”, conclui a FUAM.