O Núncio Apostólico no México, Dom Chistophe Pierre, recordou durante uma conferência de imprensa que a Igreja Católica se opõe à eutanásia porque esta atenta contra a inviolabilidade e a dignidade da pessoa humana.

Durante uma visita pastoral ao porto fronteiriço de novo Laredo, Dom Pierre respondeu perguntas referidas à nova lei aprovada no Distrito Federal para "morrer dignamente", que inclui conceitos muito próximos à legalização da eutanásia.

"Esperemos que a nova lei a favor de ‘morrer dignamente’, aprovada no Distrito Federal, não seja o caminho para chegar à eutanásia ou morte assistida neste país", disse o Núncio.

Dom Pierre recordou que "por acima de tudo a Igreja Católica sempre está a favor da vida e contra todo ato que tenha a intenção de privá-la".

"A Igreja –adicionou– sempre disse que não se pode interromper nenhum processo normal de vida, porque isso é matar, a Igreja não aceita que às pessoas lhes seja adiantada a morte, porque a vida é sagrada do início até o final; assim como tampouco aceita a utilização de médios extraordinários para manter com vida às pessoas que também chegam a seu final de maneira normal", explicou.

"Minha preocupação", adicionou, "é que esta lei possa ser o caminho para a eutanásia, já que há uma tendência no mundo na atualidade de interromper o sofrimento natural de uma pessoa doente em sua fase terminal provocando-lhe a morte".

O Núncio, entretanto, explicou que suas declarações eram exclusivamente de caráter doutrinal, e que não procurava interferir na vida pública das instituições nacionais, já que sua qualidade de representante do Papa Bento XVI não o permite.

Sublinhou, entretanto que a Igreja Católica "sempre se mostrou contra as ações que levem a uma morte assistida, já que por sobre todas as coisas o direito à vida é universal".