O "arrepiante aumento" do número de abortos na Espanha, que pela primeira vez superou os 100 mil em 2006 segundo as cifras do Ministério de Sanidade, responde a um "total fracasso das políticas para evitar a gravidez e abortos de adolescentes", assinalou o Instituto de Ciências da Vida da Universidade Católica de Valência.

A respeito, seu diretor, o biopatólogo Justo Aznar, indicou que "existe nestes momentos uma necessidade ineludível de acabar com esta praga".

Conforme detalha a agência AVAN, Aznar assinalou também que "é inadmissível o dado do Ministério de Sanidade de que 96,68 por cento de abortos correspondem a mulheres que alegaram 'razões psicológicas'", particularizando que "esta mesma razão em outros países, como Portugal, não supera 15 por cento".

Desse modo, assinala Aznar, Espanha é "o único país do mundo onde quase 97 por cento das mulheres que desejam abortar apresentam problemas psíquicos nos quais a gravidez lhes ocasiona transtornos ‘tão irreparáveis’, segundo elas, que merece a pena terminar com as vidas de seus filhos".

Finalmente, Aznar pediu aos partidos políticos, frente às próximas eleições, que incluam em seus programas e apresentem previamente aos eleitores "quais as soluções que propõem para o aborto e como pensam resolver este horrível problema".